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domingo, 20 de novembro de 2011

Planta piauiense é a nova esperança para a cura da Aids

Uma planta natural do Piauí usada na medicina tradicional contra o câncer é a nova esperança de uma terapia mais eficaz contra a Aids. Em desenvolvimento por um grupo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Laboratório Kyolab, de Campinas, uma droga se mostrou promissora em testes in vitro e deve começar a ser testada em animais já no ano que vem. Se os resultados se mantiverem iguais aos já obtidos, dizem os especialistas, será uma grande revolução no tratamento da doença.

Especializado em fitoquímica de medicamentos, o laboratório de Campinas conseguiu isolar numa planta natural do Piauí uma molécula considerada superativa. A linha de pesquisa incluía originalmente testar sua atividade contra alguns tipos de câncer (para os quais já se encontra em fase II de testes), uma vez que era com esse fim que a planta era usada na medicina tradicional. Resolveu-se também testá-la contra o HIV.

´Começamos a estudar suas propriedades contra o HIV e descobrimos coisas interessantíssimas´, afirmou o chefe do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto de Biologia da UFRJ, Amilcar Tanuri.

Atualmente, o tratamento padrão contra Aids é feito com o coquetel de drogas. Essa combinação de medicamentos mantém as pessoas saudáveis porque impede a replicação do vírus no sangue. Entretanto, se o tratamento for suspenso, em menos de uma semana o vírus volta a se multiplicar.

Em entrevista ao Jornal Meio Norte, o diretor do Laboratório Kyolab, Luiz Pianowski. afirmou que isso acontece porque, embora as drogas bloqueiem a replicação no sangue, o vírus consegue se ´esconder´no interior de algumas células, onde se replica muito lentamente, ficando num estado de latência. Mas, quando a medicação no entorno desparece, ele volta a se multiplicar normalmente, fazendo com que a doença retorne.


´A molécula isolada no laboratório de Campinas consegue ativar esse HIV que está latente. Ela quebra a latência do vírus, que começa a se multiplicar e sai das células (onde estava ´escondido´) - explica Tanuri. - Quando isso acontece, o coquetel consegue eliminá-lo.

´O medicamento desaloja o vírus, faz o vírus sair da célula, é morto pelo medicamento e não retorna mais´, falou Pianowski.

Diretor de Relações Institucionais do Sistema Integrado de Comunicação Meio Norte, Auro Costa, o primeiro a perceber que o uso da planta na medicina popular poderia ser a cura para o câncer e procurar grupos para financiar as pesquisas do uso farmacêutico, disse que os resultados das pesquisas para a cura do câncer com grande alegria.

´Era o que nos esperávamos e que em pouco tempo pudéssemos estar divulgando os resultados das diversas linhas de pesquisas a partir da planta piauiense´, declarou.

Auro Costa afirmou que as pesquisas contra o câncer começaram em 2001, com o processamento do látex da planta são tratados vários tipos de câncer. O Hospital do Câncer de Barretos (SP) está promovendo uma emenda nos protocolos de tratamento de câncer de mama e de próstata para dar continuidade à fase 2 das pesquisas.

Costa afirmou que também existe uma linha de pesquisa de produção de medicamentos contra a dor a partir da planta piauiense, que está em fase um de teste clínico, que está em fase preparatória no Instituto Harisson, na Alemanha, e agora começa a ser divulgada a linha de pesquisa contra o HIV.

A abordagem no desenvolvimento de drogas é inédita. Nos Estados Unidos vários estudos estariam tentando, ainda sem sucesso, encontrar maneiras de tirar o HIV da latência.

´Nenhum medicamento disponível atualmente alcança dentro das células de latência´, explica Pianowsky. Para ele, a abordagem é inédita, superinovadora e pode inclusive vir a ser a cura da Aids, dependendo ainda de alguns fatores.

De acordo com os cientistas envolvidos no projeto, mais de 2 milhões de moléculas já teriam sido testadas em laboratórios internacionais sem nunca se conseguir achar uma que fosse ativa contra o vírus da Aids.

´Trata-se de um grande esforço internacional, e tivemos a sorte de ter uma planta com uma molécula bioativa´, fala Amilcar Tanuri, acrescentando que o estudo brasileiro está sendo submetido para publicação no periódico internacional ´Aids´. ´É uma droga-chave para uma tentativa futura de curar o paciente´, acrescenta.

Mesmo que não se conseguisse a cura total, explicam os cientistas, a droga poderia ser crucial para suprimir a circulação do vírus no organismo por muito mais tempo do que os atuais remédios.

´Não há nada no mundo que atue dessa maneira. Há alguns produtos para outras funções, mas com potência muito menor do que essa´, fala Pianowski..

Os estudos ainda estão em fase inicial e são necessárias ainda várias etapas de testagem, entre elas a toxicologia. A planta original, de onde a molécula foi extraída, é extremamente tóxica.

Os resultados obtidos in vitro, no entanto, já demonstram que a toxicidade não é tão alta - disse Pianowski

O próximo passo dos cientistas é testar o medicamento em macacos rhesus nos Estados Unidos antes de passar para testes em seres humanos. Ainda há um longo caminho a percorrer e não há previsão para a finalização da droga. Mas os especialistas afirmam que, se tudo der certo, seria um dos maiores avanços em muitos anos.

Luiz Pianowski declarou que o medicamento para tratamento de câncer deverá estar sendo comercializado em ano e meio e o medicamento para tratamento da Aids em dois anos. Ele ressalta que no caso da Aids é mais rápida a tramitação da aprovação do medicamento por ser para uma doença terminal.

´É uma verdadeira revolução no tratamento do câncer e da Aids´, definiu Pianowski.

Auto Costa diz que o extrato da planta piauiense já curou 1.100 pessoas de vários país.

´Esperamos que com os resultados das novas pesquisas podemos conquistar novos parceiros para as pesquisas até o seu final´, declarou Auro Costa, informando que já foram investidos US$ 20 milhões nas pesquisas sobre o uso medicinal da planta piauiense pela empresa Amazônia Fitomedicamentos, da Ipioca, a fabricante de aguardente, e outros parceiros.

´É uma descoberta que o mundo estava buscando´, falou Auro Costa.
Fonte: aracatiacuemacao.blogspot.com

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