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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Preço da energia dispara e deixa o país entre os mais caros do mundo


16/09/2014 


A energia elétrica tem um impacto direto na vida da população e também na competitividade das empresas. Custos mais altos costumam pressionar a produção, resultando em aumento de preço dos produtos finais para os consumidores. Imagine a situação. O contrato de aluguel venceu e o proprietário do imóvel está cobrando oito vezes mais pelo mesmo espaço. O que fazer? Mudar é a resposta natural. A indústria brasileira passa por situação parecida em relação ao custo da energia elétrica, com um agravante: não há para onde ir. Em dezembro do ano passado, o custo médio da energia elétrica para a indústria passou de R$ 292,7 por megawatt/hora (MW/h) para R$ 310 em maio e deve encerrar o ano ao preço de R$ 342, de acordo com dados de um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). E a projeção em dezembro de 2015 é que o valor seja aumentado para R$ 420. Ou seja, em dois anos, o custo da energia para a indústria será ampliado em 44%. O reajuste, provocado pela seca prolongada, deve colocar o Brasil no indesejável grupo dos quatro países com a energia mais cara do mundo, atrás apenas de Índia, Itália e Singapura. Atualmente, o país ocupa a oitava colocação em um ranking com 28 países.
Mas o cenário ainda é pior, uma vez que a pesquisa da Firjan leva em conta apenas os consumidores industriais que adquirem energia no chamado mercado cativo de energia, que é o mesmo em que estão os consumidores finais e onde os reajustes de preços são controlados pelo governo, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

No caso dos grandes consumidores que optaram pelo chamado mercado livre de energia, onde a negociação é feita diretamente entre empresas e produtores de energia, o céu, que nesse caso nada tem a ver com a ideia de um paraíso, é o limite.

“Imagine a situação de uma empresa, cujo contrato de energia está vencendo, parte para negociar um contrato novo e percebe que vai ter que pagar quatro, seis ou até oito vezes mais do que vinha pagando. Não é o tipo de aumento de custo que é fácil de absorver”, pondera o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres, Paulo Pedrosa. (Correio)

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