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domingo, 19 de outubro de 2014

Disputa aberta, mas com virada

Domingo 19 de outubro de 2014

Coluna do dia – 19 de outubro



A uma semana do voto, a corrida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte está aberta, mas com uma verdade dita pela pesquisa Ibope, divulgada na InterTV Cabugi: Robinson Faria (PSD) virou para cima de Henrique Alves (PMDB).

São oito pontos de vantagem (54% contra 46%).

Uma dianteira considerável, levando-se em conta que apenas sete dias separam o eleitor do voto e a campanha eleitoral, em si, tem só quatro dias, além de um debate entre os dois candidatos na afiliada da Rede Globo, quinta-feira, 23.

Numa leitura simples, é certo afirmar que Robinson tem a tarefa de resguardar a primeira colocação num ambiente que lhe é favorável, embora a sua campanha cometa sucessivos erros, alguns até amadores, mas que até aqui não tem sido aproveitado pelo adversário.

Já Henrique necessita se transformar num Magaiver (aquele agente secreto que tinha solução para tudo, até do impossível) para protagonizar a “revirada” da presente disputa eleitoral. Ele precisa tirar votos do adversário e conquistar todos os indecisos.

A missão torna-se ainda mais complicada pelo nível de rejeição do eleitor ao seu nome. Segundo o Ibope, Henrique é rejeitado por 47% dos eleitores, contra 35% de Robinson Faria. E esse universo, que chega a 82% do eleitorado potiguar, afirma que não muda mais de opinião ou de voto.

Pois bem…

Não cabe, nesse momento, analisar ou apontar o motivo da desidratação eleitoral de Henrique entre o primeiro e o segundo turno. Essa avaliação deve ser feita pós-urna. No entanto, um detalhe não pode deixar de ser observado:

A campanha de Henrique na televisão se distanciou da linha propositiva, e assumiu postura agressiva, apostando nos ataques contra a governadora Rosalba Ciarlini (ela não é candidata a nada) para, por gravidade, atingir Robinson.

Ora, veja: a população potiguar, de ponta a ponta do Estado, sabe que Robinson rompeu politicamente com Rosalba desde o primeiro ano de gestão, em 2011, enquanto Henrique permaneceu no governo Rosalba até pouco tempo.

No mais, bater em Rosalba (a história comprova) não é bom negócio, principalmente em Mossoró, berço político da governadora e o segundo maior colégio eleitoral do RN.

Ademais, Rosalba não merece os ataques que vem sofrendo, sem ter direito à defesa, porque o presidente do seu partido, senador José Agripino Maia (DEM), lhe negou a legenda para ela ser candidata, e beneficiou a candidatura de Henrique Alves, com quem Agripino anda de mãos dadas.

Portanto, esse é o quadro da sucessão potiguar, a sete dias do resultado final.


Fonte: César Santos

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